sábado, março 03, 2012

Mudando

Eu adoro escrever. Mas não estava conseguindo mais escrever com tanta frequência no blog. E alguns amigos blogueiros lindos sentiram falta da minha escrita. Mas eu acho que esse espaço já deu. Tem histórias demais, tristezas e alegrias demais, coisas demais que acabaram deixando ele pesado. Carregado, talvez. E eu sinto que preciso de uma casa nova. E eu fiz uma casa nova. E é lá que eu vou continuar escrevendo, ou pelo menos vou tentar.
Espero que quem visitava aqui também me visite lá. Porque lá vai ser melhor ainda do que aqui.

Passa lá: http://esquece-e-vai-sorrir.blogspot.com/

Beijos e obrigada =D

segunda-feira, outubro 17, 2011

Desabafando

Eu demorei para entender. Demorei tanto para pereceber o óbvio. Para notar que eu sempre estive sozinha. E que o mais triste não é se sentir sozinha estando sem ninguém. O pior é perceber que se estava sozinha junto com alguém. Sozinha junto é muito mais doloroso do que sozinha separado. Porque você imagina que deveria ter alguém ali, do lado te entendendo, te dando força. Mas na verdade você nota que só você que entende, só você quem dá força. E eu olho em volta e é como se aquilo tudo que todo mundo vive, não é para mim. Aquilo de mãos dadas, e compreensão, e anos de cumplicidade, simplesmente não é para ser meu. Simples assim. E eu vou afundando no meu mundinho de livros, e músicas e esmaltes... E vou me distraindo com o que tem para hoje. Uma novela ali, uma série acolá, uma lambida do cachorro. E tudo isso deveria ser suficiente. Deveria preencher esse vazio enorme que parece não ter fim. Mas não preenche. E o buraco vai ficando cada vez maior e mais profundo e deprimente. E não há livros, músicas e esmaltes que dê jeito. Nem a lambida do cachorro. E quanto pior eu fico, mais me sinto mal agradecida por reclamar tanto de barriga cheia, como diria minha avó. Mas a barriga nunca parece estar cheia. Por mais que eu tente empurrar tudo que vem guela abaixo. E será que por não estar cheia, eu posso então reclamar sem culpa? Provavelmente não. E eu tenho que conviver com o vazio, com as pessoas felizes ao meu redor que parece que conseguiram tudo aquilo que eu não consegui. E sempre tem alguém para me dizer que tudo vai ficar bem, que tudo vai dar certo, que é assim mesmo, mas tudo passa, não se preocupe... E eu não quero mais ouvir nada. Não quero mais consolos vazios. Frases pré-fabricadas para pessoas que não sabem lidar com essa mar de solidão como eu. Não quero mais escutar conselhos que eu tento seguir desde de sempre e que nunca me deram nada de volta. Não quero mais me sentir a reclamona chata. E talvez seja melhor guardar meus lamentos para mim mesma. Minha vida deslocada, sempre tão deslocada e sem rumo. Sempre parecendo tão decidida e objetiva, mas no fundo completamente perdida de frustrada. E eu penso, penso tanto em tantas coisas, que parece que a minha cabeça vai explodir de tantas idéias. E eu já não sei mais o que fazer. Já não sei mais a quem ou a o que recorrer. O vazio está levando tudo, como um buraco negro que varre tudo para dentro dele e não há nada que se possa fazer. Só esperar. Esperar que um dia tudo passe de verdade. E as coisas comecem a fazer o mínimo de sentido.

domingo, julho 03, 2011

Dias cinzentos

Tem dia que a gente acorda sem a menor vontade de sair da cama. Que a única vontade que vem e a vontade de fazer nada. De ficar ali deitada olhando para o teto, tentando apagar qualquer pensamento que venha ocupar a mente. O ânimo se esconde debaixo da cama e não sai de lá por nada, e a gente não sabe o que fazer para tirar ele de lá.
E a vida fica passando lá fora. Com seus sons, seus cheiros, seu peso. Batendo nas portas e janelas, te fazendo lembrar que ela existe e que não vai parar enquanto você não se levantar e der atenção a ela. E você sabe que se ignorá-la vai ser pior, pois quanto mais você faz isso mais ela aparece, mais te questiona, e menos você quer discutir com ela. E se arrasta da cama, e tenta se animar com as pequenas coisas que ainda fazem efeito. Como um cachorro pedindo carinho, ou uma comida gostosa.
Coisas que normalmente te fariam sorrir de novo. Mas que por algum motivo não faz muito efeito de vez em quando. E você continua querendo não sair da cama. Por nada. Por ninguém...